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Iron Savior lança Firestar novo clássico da banda



Firestar é o mais recente álbum do Iron Savior, lançado nas plataformas digitais em 6 de outubro de 2023.

Trata-se do 15° full-length do grupo alemão, formado originalmente pelo vocalista e guitarrista Piet Sielck (ex-Savage Circus) e pelo guitarrista e vocalista Kai Hansen (atual Gamma Ray, ex-Helloween), além de trazer o baterista Thomen Stauch (ex-Blind Guardian, ex-Savage Circus).




1 - The Titan

2 - Curse of the Machinery

3 - In the Realm of Heavy Metal

4 - Demise of the Tyrant

5 - Firestar

6 - Through the Fires of Hell

7 - Mask, Cloak and Sword

8 - Across the Wastelands

9 - Rising from Ashes

10 - Nothing Is Forever

11 - Together as One




O álbum traz Piet nos vocais, Jan-Sören Eckert (ex-Masterplan, ex-Running Wild ) no baixo, Joachim Küstner (ex-Lacrimosa) na guitarra e Patrick Klose (também membro de Chris Boltendahl's Steelhammer) na bateria.

Todos os músicos e bandas citados até aqui fazem jus ao álbum. É um dos melhores, senão o melhor, álbum da banda até aqui. É possível notar referências, enxergar a raiz da banda e traços dos seus primeiros lançamentos.

Se você nunca ouviu Piet cantando, suas linhas vocais passam entre algo que lembra Chris Boltendahl e Rock 'n' Rolf, com tons um pouco mais agudos. Some isso aos backing vocals de Jan-Sören, usados à exaustão nesse álbum, e você encontra músicas memoráveis e prontas para serem entoadas em uníssono com a platéia.

O álbum, apesar de excelente, tem lá seus pontos fracos. Um deles é a percepção de que a segunda metade do álbum é um pouco menos “empolgante” que a primeira. Claro, trata-se de uma percepção que pode alterar de ouvinte a ouvinte ao longo dos anos, afinal, quantas pessoas vocês conhecem que passaram anos gostando mais de “Carry On” e hoje em dia preferem “Evil Warning”? Em Firestar, no entanto, acredito que o balanço do álbum seria melhor se a ordem de algumas músicas fossem alteradas. Nada que prejudique gravemente a audição, entretanto.

O álbum começa com a instrumental “The Titan”, que, apesar de ser uma “intro qualquer” no padrão de vários outros álbuns, tem lá seu “tom de inovação”. Praticamente metade dos álbuns de estúdio do Iron Savior são iniciados com uma faixa instrumental, até aí, sem novidades. Contudo, “The Titan” é diferente de todas as introduções que o Iron Savior já usou em discos anteriores. A banda, que normalmente prefere utilizar intros mais “espaciais” e às vezes “soturnas”, que entrariam facilmente na trilha de sono de algum jogo dos anos 90, resolveu apostar em uma tradicional intro de guitarras. Nada “inovador” comparado a outras bandas, mas algo “refrescante” dentro da discografia do Iron Savior.

A primeira música propriamente dita do álbum é “Curse of the Machinery”, uma faixa com a estampa da banda em todos os aspectos: rápida, tratando de temas distópicos e apocalípticos e com os vocais de Piet no máximo do seu potencial. Acredito ser uma das faixas onde o vocal dele mais se destaca, por ser uma das que os backing vocals menos aparecem.

“In the Realm of Heavy Metal” vem logo na sequência e ela é exatamente o que o nome sugere: um ode ao heavy metal. A base da bateria na pontes antes do refrão lembra muito a de Nicko McBrain, as de guitarra lembram algo de Judas Priest, o vocal de Piet menos agressivo que na faixa anterior, os backing vocals presentes em toda música e um refrão feito para ser cantado pelo público.

A faixa 4 é “Demise of the Tyrant”, mais uma música com refrões fortes e fáceis de decorar. É a primeira música mais cadenciada do álbum, trazendo um ritmo mais próximo ao que você ouviria em um Grave Digger.

A faixa-título é o último ponto realmente alto do álbum. Uma faixa que poderia facilmente estar entre o clássico primeiro álbum do Savage Circus, ao mesmo tempo que remete a uma “evolução natural” do álbum homônimo do Iron Savior. Guitarras empolgantes e bateria que faz você pensar que Thomen Stauch fez participação no álbum.

“Through the Fires of Hell” é uma excelente música, cativante, com refrãos mais lentos e fazendo alusão ao sentimento de “parceria eterna” que muitos fãs de metal gostam de exaltar. Fato é que é uma música que gruda na cabeça.

A próxima música, “Mask, Cloak and Sword” é uma faixa que poderia ou não fazer parte do álbum. Ela é boa, mas não chega a somar muito para a construção da obra. Pelo menos, não na sequência que ela vem. Deste ponto em diante o álbum não tem mais nenhum “ponto alto” para elevar e diferenciar o ritmo, então essa faixa fica meio que no “limbo”, esperando o tempo passar e você reouvir o álbum e redescobri-la.

Como eu comentei anteriormente, acredito que esse álbum seria muito mais memorável se a ordem de algumas faixas fosse alterada, o que permitiria ao álbum terminar em alta. Ao meu ver, se a sequência “Demise of the Tyrant”, “Firestar” e “Through the Fires of Hell“ encerrasse o álbum, a experiência de audição seria um pouco mais memorável.

Não me leve a mal, “Together as One” é uma ótima faixa, mas ela é muito similar à “Through the Fires of Hell“, trazendo o mesmo apelo de união e o ritmo mais melódico. Não por acaso ambas possuem a mesma minutagem. Novamente, é uma ótima música e casou bem com o fim do álbum, mas deixa um gosto de “comi isso agora mesmo, mas o tempero de antes estava melhor”.

De qualquer modo, trata-se de um ótimo lançamento, muito mais animador que seu sucessor Skycrest.


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Resenha por: Leo Santos.

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